Max Demian

Iansã

Compositor: Marco Ruiz

Eu encaro o espelho e digo:
E agora?
Olha pra minha cara e diz:
Seu bosta!
Não há mais segredos pra esconder
porque tudo que é vivo sangra.
Tudo que é vivo sangra.

É como o mar vermelho
se abrindo.
E que os gigantes de pedra fiquem
pra trás ruindo.
Não há mais migalhas pra proteger
pois tudo que é vivo sangra.
Tudo que é vivo sangra.

Amo esse desejo de rua
explodindo (d)nesses olhos secos,
dilacerando um futuro perfeito
pra construir uma felicidade crua

que sufoca o arrependimento
de quem tem o próprio sangue nas mãos
pois tudo que é vivo sangra.
Tudo que é vivo sangra.

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